Mais sobre o Breve de Santo Antônio
Postado por
Carol
às
17:05
Esta devoção remonta ao século treze. Os documentos mais antigos dão conta pormenorizada do milagre que deu início a ela. Certa mulher de Lisboa sofria frequentemente de terríveis convulsões que pareciam indicar uma possessão diabólica. Um dia o marido, ridicularizando-a pela aflição, atribuiu-lhe alguma culpa. Com isso, a infortunada ficou tão que resolveu dar cabo da vida, atirando-se ao rio Tejo. A caminhho para a execução da sua resolução, passou por uma Igreja dos Padres Franciscanos; lembrou-se de que era festa de S.Antônio e entrou para recitar uma última oração. Enquanto rezava, caiu numa espécie de "transe". Pareceu-lhe ver o Santo, em pé, junto dela, olhando-a grave e compassivamente, e segurando nas mãos um pedaço de pergaminho, que lhe entregou dizendo: "Levantai-vos, mulher, e tomai este papel que vos livrará das vexações do demônio". Voltando a si, a mulher espantou-se por encontrar nas mãos o pergaminho. Este trazia as seguintes palavras do Livro do Apocalipse (V.5): "Ecce Crucem Domini: fugite partes adversae! Vincit Leo de Tribu Juda, Radix David. Alleluia, Alleluia" - "Eis aqui a Cruz do Senhor: fugi potências inimigas! O Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu! Aleluia, Aleluia!" Calma e esperançosa, a mulher voltou para casa e desse dia em diante, enquanto conservou consigo o precioso documento, nunca mais foi molestada pela possessão. O marido, na sua gratidão, publicou-o por toda parte e a história chegou aos ouvidos do Rei de Portugal. Este mandou vir à sua presença a mulher e ficou tão impressionado que a induziu a lhe ceder o pergaminho. Privada do precioso documento, ela ficou novamente sujeita à antiga aflição. Com grande pesar, o marido apelou para os Frades Menores, a fim de intercederem junto ao monarca em favor da restituição do pergaminho. Apesar dos esforços, os Franciscanos somente conseguiram uma cópia, que, entretanto, se verificou ter a mesma eficácia que o original. Assim, os Fransicanos propagaram-lhe o uso, exortando os fiés a tê-lo sempre consigo, como proteção contra todos os perigos, em especial, contra os espíritos maus.
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